segunda-feira, 27 de maio de 2013

Na ONU, jovem brasileiro pede melhores leis sobre privacidade na internet


Todas as vezes que você for colocar qualquer coisa na internet, você tem que pensar que aquilo vai ficar lá para sempre. Você apaga de um lugar, mas ele já foi replicado em vários outros. As telecoms (empresas reguladoras), elas examinam constantemente o que você coloca na internet, mesmo que você coloque privado, só para os seus amigos, as Telecoms e todos os provedores de serviço têm acesso a essa informação. Essa informação hoje não tem garantia de privacidade.Leia a matéria

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU
Na ONU, jovem brasileiro pede melhores leis sobre privacidade na internet
privacidade na internet



O Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, promove nesta quarta-feira o “Fórum da Juventude”, com a participação de dezenas de jovens de todo o mundo.
Na abertura do encontro, na sede da ONU, o Secretário-Geral pediu à comunidade internacional para apoiar o trabalho do enviado para a Juventude, Ahmad Alhendawi.
Mudança
Ban Ki-moon ressaltou que o projeto do enviado é envolver os jovens nos trabalhos das Nações Unidas. Ban também afirmou que “jovens líderes têm a energia e as ideias necessárias para a mudança do mundo.”
O brasileiro Marco Gomes, de 26 anos, representa no encontro os jovens da América Latina. Ele é fundador da “boo-box”, uma empresa que desenvolve propagandas para sites e redes sociais.
Em Nova York, Gomes explicou à Rádio ONU que sua palestra no evento será sobre a necessidade da criação de leis que garantam a privacidade no mundo digital.
Direitos
“Vim trazer um pouco da atenção que a gente tem que ter, que o mundo tem que ter, com a questão da legislação na internet no Brasil e na América Latina. Não têm sido discutidos os direitos das pessoas na internet. Direito à privacidade, à liberdade de expressão, todos esses direitos não estão ainda garantidos por lei no Brasil e nos países da América Latina. Essa é a minha principal mensagem aqui. Vamos olhar um pouco mais para a questão dos direitos na internet e não dos deveres. Direitos e garantias individuais, de liberdade principalmente.”
Controle
Marco Gomes fundou a “boo-box” quando tinha 20 anos e hoje tem 40 funcionários no Brasil e dez na Argentina. Para o especialista, as pessoas precisam ter total controle das informações que divulgam nas redes sociais.
Marco Gomes
“Todas as vezes que você for colocar qualquer coisa na internet, você tem que pensar que aquilo vai ficar lá para sempre. Você apaga de um lugar, mas ele já foi replicado em vários outros. As telecoms (empresas reguladoras), elas examinam constantemente o que você coloca na internet, mesmo que você coloque privado, só para os seus amigos, as Telecoms e todos os provedores de serviço têm acesso a essa informação. Essa informação hoje não tem garantia de privacidade. É super importante conscientizar e educar o jovem sobre o que ele coloca na internet. Mas mais importante é garantir que o que ele coloca como privado seja realmente privado.”
Ativismo
O fórum do Ecosoc promove ciência, tecnologia, inovação e cultura. Ban Ki-moon destacou ainda que o enviado especial para a Juventude deverá atuar nas áreas de participação, ativismo, associação e coordenação com a juventude.
O plano de Ahmad Alhendawi conta com o apoio das redes sociais, pedindo a opinião dos jovens sobre o estabelecimento dos Objetivos de Desevolvimento Sustentável, que começam a valer a partir de 2015.
Ban também falou sobre a importância da educação para os jovens e do poder transformador da mesma para mulheres e meninas.


(Rádio ONU)
FONTE:Mercado Ètico

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